Jogos de espelhos 1.
Espelhos
A reflexão tem a ver com algo que se repete. Os espelhos têm a possibilidade de apoiar, de modo sugestivo, experiências visuais que permitam às crianças entenderem e caracterizarem a reflexão – já que operam imagens simétricas.
O objeto real colocado em frente ao espelho ou entre espelhos repete-se, uma ou mais vezes, numa série de imagens virtuais que são cópia do objeto real.
Compreender é ver. Alice e a gatinha ao espelho, Ana Couto. Foto: Raquel Dora Pinho. |
Os jogos de espelhos causam, certamente, admiração e, até mesmo, algum encantamento, pela riqueza simétrica que evidenciam e por aspetos imprevistos que surgem ao olhar surpreendido das crianças: criam um ambiente de prazer e de descoberta.
Incentivam a perceção sobre a informação sensorial colhida.
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As experiências visuais com espelhos poderão ainda contribuir para competências narrativas:
- Conta-me o que vês.
A criança que narra o que vê seleciona aspetos pertinentes (diferencia-os de eventuais características acessórias) e atribui-lhes significado. Faz o esforço de lógica e de raciocínio necessários para estruturar bem a sua narrativa; e encontra as “chaves” de uma linguagem mais organizada para bem explanar.
A criança, na sua explanação, fala-nos, neste caso, da reflexão: aprofunda a sua compreensão deste conceito.
Psicologia da forma (“gestalt psychology”): Teoria do âmbito da psicologia. Nasce no início do século XX. Seus fundamentos têm por base a experimentaçãocientífica. Max Wertheimer é o seu fundador.
Implicou-se profundamente no campo da educação em matemática, sobretudo no que respeita à importância do pensamento visual.
Zoltán Pál Dienes: Matemático húngaro. Elaborou um método para exercitar a lógica e desenvolver o raciocínio abstrato. Demonstrou que as crianças de cinco anos poderiam, através do uso de material concreto – bem delineado, visualizável, táctil e adequado –, chegar a um pensamento lógico mais elevado.
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