P de Poesia
Reflexões
Vitamina P – P de Poesia.
Jean-Pierre Siméon no seu livro, «A vitamina P – A poesia, porquê, para quem, como?», alerta-nos:
«É melhor não poupar nas vitaminas alfabéticas, nomeadamente na Vitamina P, cuja eficácia é garantida na condição de ser tomada regularmente ao longo da vida, evitando porém a sobredosagem que provoca geralmente uma rejeição.»
E recomenda ainda, a título preventivo:
«O doutor Rabelais recomendava o riso terapêutico. De acordo! Mas eu recomendo ainda, a título preventivo, a poesia roborativa para todos, jovens e adultos, aquela que num verso, num ritmo, numa imagem nos traz ao essencial, nos apela à intensidade de ser e nos devolve à nossa humanidade. Aquela que dá à criança a energia para avançar confiante, de olhos abertos e de oração palpitante, pelas ruas do mundo!»
E acrescenta:
«A relação com a obra de arte, e com o poema especificamente, é uma relação amorosa. O poema deve ser abraçado e amado com as suas zonas de penumbra, as suas sombras, inclusivamente com as coisas que nos arreliam.»
Atraídos pela sua dose de mistério. Pela sonoridade e ritmo.
No horizonte dos possíveis
A escrita poética, pela sua natureza, apela aos sentidos e à subjetividade; evoca emoções. É fonte de prazer.
Poema «canção de Leonoreta»: Eugénio de Andrade. |
Tempo do poema: Vamos ler um poema.
Apropriação sensível do poema.
Ilustração: Alfredo Martins. |
Qual o título do poema?
Olhando a capa:
Qual o título do livro? Quem escreveu o poema? Quem desenhou a Leonoreta para este livro?
- Repetir um ou outro verso (sentir "na boca" e no corpo a densidade da língua e sentidos da palavra; o ritmo, a sonoridade do verso).
Mais tarde, poder-se-á trazer a matemática até à criança, a respeito do poema.
(A conexão com a matemática, mantendo intocável a relação emocional da criança com o poema, tem hipóteses de contribuir para a descoberta de novos significados e afeto; para aptidões renovadas.)
Tempo da matemática: Vamos construir borboletas.
Concretização da reflexão.
Como se chama a borboleta do poema?
Como voa a borboleta?
Mostras-me com as tuas mãos?
Reflexão
Se dobrarmos a meio uma folha de papel e recortarmos dela uma figura previamente desenhada, obtemos uma figura simétrica, relativamente ao vinco.
A dobragem de papel concretiza uma reflexão, desde que o desenho seja representado de perfil e de modo a que as duas figuras se mantenham unidas, após o corte.
Abordaremos outros poemas e discutiremos possíveis conexões com a matemática.
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