Jogos de espelhos 2.

 Reflexões



Cenários virtuais atrativos criados com espelhos causam admiração pela repetição de motivos, segundo um certo ritmo, e por aspectos imprevistos. E, até, por possíveis jogos estéticos.
Suscitam a curiosidade e a atenção – estímulos aliados da descoberta. E ainda: a imaginação (a “rainha das faculdades”, tal como lhe chamou Charles Baudelaire).

 Campos de exploração pedadógico-matemática
Espelhos


Alice e a gatinha.

Tal como alguém que está em frente a uma janela: não se alonga a olhar a janela, mas, antes, procura ver –perscrutando – o que está para além da janela. Assim:

Diante de cenários virtuais, as crianças detêm-se a analisar os seus enredos. E travam-se conversas esclarecedoras acerca da reflexão.

Importa, para isso, uma mostra de cenários gerados por mecanismos que permitam variações sobre o tema:


Um espelho fixado perpendicularmente a uma superfície horizontal.




Dois espelhos paralelos fixados perpendicularmente a uma superfície horizontal.
(Teoricamente, o número de imagens é infinito; na prática, o número de imagens que efectivamente vemos depende da qualidade dos espelhos.)


Dois espelhos incidentes.
(O número de imagens é determinado pelo ângulo que os espelhos formam entre si.)



“Caixa de espelhos”
(Quatro espelhos ajustados entre si por um dos lados e fixados perpendicularmente a uma superfície.)





Material necessário para a construção de mecanismos geradores de simetria: espelhos, 18cmx15cm; cartolina ou contraplacado como suporte; fita adesiva.


Charles-Pierre Baudelaire: Poeta francês, 1821-1867. A sua obra teórica influenciou significativamente as artes plásticas do século XIX.

Alice e gatinha, em FIMO: Ana Couto.
Fotos: Raquel Dora Pinho.                                


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